Jair Bolsonaro (PL) está mesmo disposto a ensaiar um golpe de estado após perder as eleições em outubro, já que segue muito atrás nas pesquisas. E para isso, ele encomendou com seus pares mais próximos uma pesquisa interna para verificar se há adesão da Polícia Militar para um levante.
O DCM ouviu de fontes ligadas ao Planalto, que a pesquisa já foi disparada e que a cúpula militar do governo aguarda os resultados para dar o próximos passo. Mesmo assim, não há otimismo entre as pessoas mais próximas ao presidente, já que a leitura é de que não há adesão maciça a uma possível tentativa de permanecer no poder à força.
Uma pessoa ouvida e que é ligada a Polícia Militar de São Paulo afirmou que, no principal estado do país, menos de 10% da corporação apoiaria uma atitude dessa e foi além. “Sem São Paulo, é impossível institucionalizar um golpe vitorioso”. A PM Paulista é muito ligada, inclusive, ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), atualmente pré-candidato a vice na chapa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ideia de Bolsonaro e sua trupe é seguir nos próximos meses enfraquecendo a crença popular nas urnas eletrônicas para, no período eleitoral, garantir que houve fraude. Até denúncias falsas serão preparadas, caso o apoio da PM se concretize. Assim, ele teria embasamento para conseguir dar o golpe e ter o apoio da Polícia Militar nos diferentes estados-chave para a realização do que ele pretende.
Embora ele insista na tese, nos bastidores comenta-se que Bolsonaro sequer terá coragem de levar o plano à prática porque não conta com apoio integral das Forças Armadas e que um levante fracassado poderia levá-lo à prisão.