Jair Bolsonaro decidiu transferir a gestão da “rachadinha” para Flávio e Carlos após suposta traição da ex-mulher, Ana Cristina Valle. Segundo Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, ex-empregado da família, Cristina foi a primeira a controlar o esquema.
Ela cuidava do recolhimento de parte dos salários de todos os assessores dos filhos de Jair até o divórcio, em 2007.
Marcelo disse ao Metrópoles que o pedido de separação surgiu após descoberta de que Ana Cristina o traiu com seu segurança. O bombeiro militar Luiz Cláudio Teixeira fazia escolta do clã no Rio de Janeiro.
“Já estava aquela guerra dos meninos pressionando ele porque ela comandava a rachadinha no gabinete deles. Já estava esse clima tenso. Aí veio a história da traição”, conta.
O ex- funcionário diz ter testemunhado uma série de golpes da ex-mulher de Bolsonaro.
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A acusação contra Bolsonaro por roubo inventado
Em 2008, a advogada simulou o furto de um cofre que o casal mantinha para acusá-lo. O caso ocorreu em meio à disputa da guarda de Jair Renan. Ana Cristina moveu uma ação acusando o ex-marido de roubo de joias avaliadas em R$ 600 mil, além de R$ 200 mil e US$ 30 mil em espécie.
O ex-funcionário diz que foi ela mesma quem esvaziou o cofre.
A guerra de narrativas rendeu na Justiça. No processo pela guarda do 04, Jair disse que a ex sequestrou o caçula e a acusou de chantagem. À época, ela levou o filho para a Noruega.
Segundo o então deputado, ela condicionava o retorno do filho à devolução do dinheiro e das joias do cofre.