Bolsonaro se refere a cartão corporativo como “pessoal” e se manifesta sobre caixa 2

Atualizado em 21 de janeiro de 2023 às 7:41
Jair Bolsonaro olhando para frente com expressão séria e faixa presidencial
Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução/Instagram

Na noite de sexta-feira (20), Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre as suspeitas de que seu principal ajudante, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, operava o caixa 2 com recursos em espécie que eram usados, inclusive, para o pagamento de contas pessoais da primeira-dama Michelle Bolsonaro e de seus familiares. O ex-presidente negou qualquer saque utilizando o cartão corporativo, sobre o qual se refere como “cartão corporativo pessoal”.

Após o Metrópoles mostrar que investigadores que atuam com Alexandre de Moraes mapearam, por meio de quebras de sigilo autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, saques e pagamentos feitos por Cid e homens de sua equipe na agência do Banco do Brasil localizada dentro do palácio presidencial e utilizando cartões corporativos do governo, Bolsonaro reagiu.

“Conforme o decreto número 10.374, de 2020, compete e faz parte das atribuições da ajudância de ordens prestar os serviços de assistência direta e imediata ao presidente da República nos assuntos de natureza pessoal, em regime de atendimento permanente e ininterrupto, em Brasília ou em viagem, receber correspondências e objetos entregues ao presidente da República em cerimônias e viagens e encaminhá-los aos setores competentes, e realizar outras atividades determinadas pelo chefe do gabinete pessoal do presidente da República”, respondeu, sobre o motivo dos pagamentos serem feitos em dinheiro vivo.

Já questionado sobre os saques feitos a partir de cartões corporativos, ele disse que “nunca foram feitos saques do cartão corporativo pessoal que ficava nas mãos dos ajudantes de ordens, bem como nunca se utilizaram do mesmo”, resposta que foi utilizada para outras perguntas sobre as transações mapeadas.

Em relação ao fato de a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro ter usado o cartão de crédito de uma amiga, ele deu a seguinte explicação: “A primeira dama utilizou o cartão adicional de uma amiga de longa data. A utilização se deu porque a Michelle não possuía limites de créditos disponíveis. A última utilização foi em julho de 2021, cuja fatura resultou em quatrocentos e oito reais e três centavos”. De acordo com o ex-chefe de governo, elas se conhecem há mais de 15 anos.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link