Bolsonaro se reúne com Hugo Motta e reforça pressão por anistia aos golpistas do 8/1

Atualizado em 10 de abril de 2025 às 10:28
Jair Bolsonaro e Hugo Motta: ex-capitão e presidente da Câmara se encontraram em Brasília para discutir a anistia. Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu na tarde da última quarta-feira (9) com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar do projeto de lei que propõe anistia aos presos pelos atos terroristas de 8 de janeiro, conforme informações da CNN Brasil.

O encontro, realizado em Brasília, foi mais uma tentativa de Bolsonaro de convencer o presidente da Casa a pautar a proposta diretamente no plenário, caso o PL consiga reunir as 257 assinaturas necessárias. Segundo o partido, o projeto já conta com o apoio de 246 deputados.

De acordo com interlocutores dos dois lados, Hugo Motta ainda não se mostrou convencido a levar o projeto ao plenário. Ele teria sinalizado a Bolsonaro a possibilidade de encaminhar o tema para uma comissão especial, como forma de aprofundar o debate antes de qualquer deliberação mais ampla.

O presidente da Câmara também teria sugerido abrir diálogo com outros Poderes, incluindo o Senado e o Executivo, para avaliar os impactos da proposta e construir uma solução que tenha viabilidade política.

Segundo aliados, Motta busca uma articulação mais ampla que envolva também o Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de encontrar uma redação que possa avançar com o aval do governo e minimizar resistências.

Antes da reunião presencial, na terça-feira (8), Bolsonaro já havia ligado para Hugo Motta para entender os entraves que estariam dificultando o avanço da proposta na Câmara.

Durante entrevista a um podcast na noite de quarta-feira, Bolsonaro comentou o encontro e demonstrou confiança na possibilidade de levar o projeto ao plenário.

“Desde a campanha [para a presidência da Câmara], ele [Hugo] fala: ‘A maioria dos líderes querendo priorizar uma pauta, nós vamos atender à maioria’. Ele não participa da votação, tanto é que o voto foi pela abstenção. Não precisa lembrá-lo disso aí, ele sabe bem o que está acontecendo. Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, tenho certeza disso”, afirmou o ex-capitão.

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