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O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou na segunda plenária da Cúpula das Américas, em Los Angeles, nesta sexta-feira (10), e respondeu às críticas que o governo brasileiro tem sofrido pela atuação nos esforços para encontrar o jornalista inglês Dom Philips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira desaparecidos na Amazônia.
“Desde o último domingo, quando tivemos a informação de que dois cidadãos, um britânico, Dom Phillips, e o brasileiro Bruno Araújo [Pereira], desapareceram na região do Vale do Javari, as nossas Forças Armadas e a Polícia Federal têm se destacado na busca incansável para alcançar essas pessoas. Pedimos a Deus que sejam encontrados com vida”, afirmou o presidente, em pronunciamento.
Durante toda a semana, o governo federal foi criticado pela falta de empenhos nas operações de busca. Diversas entidades, como o Alto Comissariado para Direitos Humanos da ONU, a embaixada do Reino Unido e organizações da sociedade civil brasileira fizeram cobranças pela intensificação nas buscas.
Nesta sexta, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a União tome “todas as providências necessárias […] utilizando-se de todos os meios e forças cabíveis” para localizar a dupla.
Na quinta, em Los Angeles, o ministro da Justiça, Anderson Torres, falou sobre o caso com representantes de Reino Unido e EUA. Ele participou de reunião com a subsecretária de América Latina da chancelaria britânica, Vicky Ford, que pediu ao governo brasileiro tome todos os esforços para encontrar Dom e Bruno. O ministro disse que pelo menos R$ 500 mil já foram gastos em investigação e buscas.
Bolsonaro já havia minimizado a situação, dizendo que os dois estavam numa “aventura não recomendada”. O sumiço do indigenista e do jornalista já soma seis dia. A dupla foi vista pela última vez no domingo (5).