Bolsonaro tenta explicar Viagra das Forças Armadas e se cala sobre próteses penianas

Atualizado em 13 de abril de 2022 às 11:30
Bolsonaro com militares

Em encontro com pastores evangélicos na manhã desta quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a polêmica envolvendo a compra de 35.320 comprimidos de Viagra, remédio que costuma ser usado para tratar disfunção erétil, para atender as Forças Armadas. Ele afirmou que o número “não é nada”.

De acordo com o chefe do Executivo, os medicamentos serão destinados ao tratamento de outras doenças. “As Forças Armadas compram Viagra para combater a hipertensão arterial e também as doenças reumatológicas”, disse ele.

Bolsonaro até calculou o número de comprimidos em uma quantidade maior, de 50 mil, mas mesmo assim afirmou: “Com todo respeito, não é nada a quantidade para o efetivo das três Forças, obviamente, muito mais usado pelos inativos e pensionistas”.

Ele ainda aproveitou para criticar a cobertura da mídia sobre o caso. “Então, a gente apanha todo dia de uma imprensa que tem muita má-fé e ignorância, não procura saber por que comprou os seus 50 mil comprimidos de Viagra. Mas faz parte”, declarou.

Bolsonaro se cala sobre próteses penianas

O presidente não disse nada sobre a aquisição de 60 próteses penianas infláveis no valor total de R$ 3,5 milhões pelo Exército. Parlamentares enviaram um pedido de investigação ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) para saber o motivo da compra.

Foram registradas três compras dos produtos pelo governo federal. A primeira foi realizada no dia 2 de março de 2021. Foram adquiridas 10 próteses no valor de R$ 50.149,72 cada uma. A fabricante foi a Boston Scientific do Brasil Ltda e os utensílios foram para o Hospital Militar da Área de São Paulo.

 

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