Bolsonaro tenta recuperar passaporte com o STF para ir à posse de Trump

Atualizado em 6 de novembro de 2024 às 12:13
Jair Bolsonaro e Donald Trump. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou interesse em recuperar seu passaporte, que está retido há um ano por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de participar da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, conforme informações do Globo.

A cerimônia de posse está prevista para 20 de janeiro de 2025, em Washington. Trump foi declarado vencedor na manhã desta quarta-feira, após conquistar 277 delegados, embora a apuração ainda esteja em andamento em alguns estados.

O passaporte de Bolsonaro foi confiscado em fevereiro deste ano como parte de uma operação da Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro já solicitou a devolução do documento, mas sem sucesso.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a apreensão ao considerar que uma viagem internacional do ex-presidente poderia comprometer o andamento das investigações.

A devolução do passaporte faz parte de uma série de pedidos direcionados a Alexandre de Moraes, responsável pela decisão judicial. Bolsonaro esperava que o documento fosse liberado a tempo de permitir uma visita aos Estados Unidos para apoiar Trump durante a campanha.

Comemoração nas redes

Bolsonaro e seus aliados celebraram a vitória de Trump nas redes sociais. Após o resultado, o ex-capitão usou o X para saudar o republicano, referindo-se a ele como “meu amigo” e exaltando sua “vitória épica” obtida “contra tudo e contra todos.”

Em outro comentário, Bolsonaro destacou que o momento marca “o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro,” alguém que, segundo ele, enfrentou “um processo eleitoral brutal em 2020 e uma perseguição judicial sem justificativa.”

O ex-presidente escreveu: “Hoje, assistimos ao ressurgimento de um verdadeiro guerreiro. Um homem que, mesmo depois de enfrentar um processo eleitoral brutal e uma injustificável perseguição judicial, reergueu-se, como poucos na história conseguiram.”