Bolsonaro tenta vender cloroquina e mente no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU em Nova York

Atualizado em 21 de setembro de 2021 às 12:15
Bolsonaro e a cloroquina
Acredite se quiser: Bolsonaro defendeu a cloroquina na Abertura da Assembleia Geral Oficial da ONU, em Nova York.
Sem citar o nome do medicamento, que afirmou ter tomado, defendeu o tratamento precoce para o coranavírus.
Relativizou a importância da vacina ao se posicionar contra o passaporte sanitário, que tem feito ele próprio e sua comitiva andarem a esmo pelas ruas de Nova York numa cena deprimente para o mundo.

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Antes de Bolsonaro, ocupou a tribuna António Guterres, secretário-geral da ONU, que defendeu maior cooperação dos países ricos aos pobres, citando o Haiti.
Guterres falou também de golpe, imunização em massa (Bolsonaro é o único líder mundial que não foi imunizado contra a Covid), compaixão e solidariedade.
Falou mais: que divisões politicas atrapalham os avanços no combate a pandemia, que é o foco do mundo civilizado neste momento.
A cloroquina, comprovademete não eficaz no tratamento à covid, não foi a unica mentira do mandatário na sua falação.
Bolsonaro disse também as manifestação de 7 de Setembro foram as maiores da história.
Algumas partes, não poderia deixar de ser, estão mais para hilárias, como quando usou dados de 30 dias (último mês de agosto) para defender que o desmatamento da Amazônia diminuiu 32% em relação ao ano passado.
Não deixou, naturalmente, de pedir dinheiro aos países ricos e expor o Brasil como vitrine para quem quiser comprar água, gás, só faltou querer vender o oxigênio do país.
Envolveu os países com os quais o Brasil historicamente sempre manteve relações com a conspiração do comunismo e negou que exista corrupção no seu governo.

Bolsonaro com Biden?

Joe Biden, mandatário americano, falou após Bolsonaro mas suas agendas não se encontraram.