Bolsonaro tomou série de remédios e foi acompanhado por cirurgião na Paulista

Atualizado em 30 de junho de 2025 às 12:41
O ex-presidente Jair Bolsonaro durante discurso em ato na Avenida Paulista neste domingo (29). Foto: Miguel Schincariol/AFP

Neste domingo (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro discursou durante uma manifestação golpista na Avenida Paulista, em São Paulo, após tomar uma série de remédios para evitar soluço e refluxo. Além da medicação, ele estava acompanhado de um profissional de saúde.

Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, o médico Cláudio Birolini, responsável por sua última cirurgia, subiu ao trio elétrico com ele. O profissional tem acompanhado o ex-presidente em diversas agendas, incluindo sua viagem para Natal (RN) na semana retrasada.

Apesar das recomendações médicas para reduzir sua agenda, Bolsonaro insistiu em participar do ato, que teve como tema a defesa da anistia para os golpistas envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

Jair Bolsonaro em discurso a apoiadores neste domingo (29), na Avenida Paulista. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Bolsonaro passou por uma cirurgia de emergência em abril para liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal, problemas causados pela facada que sofreu durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG), em 2018.

Na semana passada, o ex-presidente havia viajado a Minas Gerais e Goiás, onde enfrentou episódios de soluços persistentes que provocaram vômitos, agravando seu quadro de saúde. Exames realizados indicaram pneumonia, mas ele optou por seguir com os compromissos, incluindo o discurso na Avenida Paulista.

O ato golpista deste domingo foi organizado pelo pastor bolsonarista Silas Malafaia e reuniu diversos políticos aliados, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), além dos deputados federais Marco Feliciano (PL), André do Prado (PL), Bia Kicis (PL) e Gustavo Gayer (PL), e o vice-prefeito de São Paulo, Coronel Ricardo Mello Araújo (PL).

Em seu discurso, Bolsonaro defendeu a anistia como um “caminho da pacificação”, pediu ajuda de seus apoiadores para ocupar 50% da Câmara e do Senado com seus apoiadores nas eleições de 2026 e voltou a negar que houve uma tentativa de golpe de Estado em 2022.