
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dramatizar na última terça-feira (19) ao falar que já sentiu como um “presidiário sem tornozeleira eletrônica” no Palácio da Alvorada. A fala aconteceu no evento de Lançamento da Marcha para Jesus na Comunidade religiosa das Nações em Cuiabá (MT). Em outras ocasiões, ele já tinha reclamado da dificuldade de ser o chefe do executivo federal.
“Porque não é fácil. Por melhor que seja a residência onde eu estou, o Palácio da Alvorada, com tudo que possa imaginar, o silêncio, a solidão é ensurdecedora. Muitas vezes, me sinto ali como um presidiário sem tornozeleira eletrônica, mas sei que estou colaborando com o meu país, tendo boas pessoas ao meu lado, não apenas políticos que compõem o meu governo, bem como pastores, padres, cristãos, empresários, gente do povo, para vencermos quaisquer obstáculos”, discursou.
Bolsonaro foi chamado ao palco não apenas para discursar, mas também para participar de uma oração. O pastor da Comunidade das Nações de Cuiabá afirmou que o presidente será reeleito.
Bolsonaro não cita eleição, mas fala em obstáculos
O presidente da República usou discurso religioso para falar das dificuldades que tem passado nos últimos tempos. “Eu sei que ele [Jesus] não dá uma cruz mais pesada, de forma que não possamos carregá-la. Cada um de nós temos uma cruz, mas o somatório de todos nós, sabendo realmente quem é o senhor, nós vencemos qualquer obstáculo”, comentou.
“Temos milhões de pessoas cujo futuro passa por decisões tomadas por nós. Muitas vezes tomadas no silêncio, ouvindo poucas pessoas, ou apenas meditando e ouvindo a sua própria consciência. (…) Agradeço a Deus pela minha vida e pela missão de estar a frente do Executivo federal e se essa for a vontade dele, nós continuaremos nesse objetivo porque não é fácil”, concluiu.