Bonnie e Clyde: EUA comparam Moraes e sua mulher a casal de bandidos

Atualizado em 22 de setembro de 2025 às 17:32
Alexandre de Moraes e Viviane Barci de Moraes, sua esposa, em São Paulo. Foto: reprodução

O governo dos Estados Unidos intensificou suas ações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e suas autoridades ao aplicar sanções à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, com base na Lei Magnitsky, e comparando o casal aos criminosos estadunidenses Bonnie e Clyde.

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou as sanções nesta segunda-feira (22), além de revogar os vistos de várias autoridades brasileiras, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias. O episódio gerou grande repercussão internacional, especialmente pela comparação feita entre Viviane e o infame casal de criminosos

A sanção foi justificada pelo governo estadunidense por sua alegada relação com o marido, Alexandre de Moraes, que já havia sido sancionado em julho. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que Viviane “fornece uma rede de apoio financeiro” ao marido, o que contribui para o fortalecimento de sua posição.

Em sua comunicação, o Tesouro dos EUA fez uma referência direta ao famoso casal de assaltantes e assassinos, dizendo que “não existe Clyde sem Bonnie”.

Bonnie Elizabeth Parker e Clyde Chestnut Barrow, nos 1930, lideraram uma gangue especialista em roubar bancos e pequenos comércios na “Era dos Inimigos Públicos”. Eles morreram em 1934 após um confronto com a polícia e a história virou filme em 1967 com o título “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas”.

Clyde e Bonnie. Foto: reprodução

“Essas sanções se baseiam em uma série de ações tomadas pelo governo Trump para responsabilizar Moraes por abuso de autoridade, criação de um complexo de censura, ataque flagrante a oponentes políticos e prática de graves violações de direitos humanos”, afirmou o comunicado.

A aplicação das sanções a Viviane de Moraes é um mais reflexo do crescente confronto entre os dois países, após o veredito de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF, em 11 de setembro. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por sua participação na tentativa de golpe de Estado.

Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.