
O governo dos Estados Unidos intensificou suas ações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e suas autoridades ao aplicar sanções à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, com base na Lei Magnitsky, e comparando o casal aos criminosos estadunidenses Bonnie e Clyde.
O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou as sanções nesta segunda-feira (22), além de revogar os vistos de várias autoridades brasileiras, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias. O episódio gerou grande repercussão internacional, especialmente pela comparação feita entre Viviane e o infame casal de criminosos
A sanção foi justificada pelo governo estadunidense por sua alegada relação com o marido, Alexandre de Moraes, que já havia sido sancionado em julho. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que Viviane “fornece uma rede de apoio financeiro” ao marido, o que contribui para o fortalecimento de sua posição.
Em sua comunicação, o Tesouro dos EUA fez uma referência direta ao famoso casal de assaltantes e assassinos, dizendo que “não existe Clyde sem Bonnie”.
Bonnie Elizabeth Parker e Clyde Chestnut Barrow, nos 1930, lideraram uma gangue especialista em roubar bancos e pequenos comércios na “Era dos Inimigos Públicos”. Eles morreram em 1934 após um confronto com a polícia e a história virou filme em 1967 com o título “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas”.

“Essas sanções se baseiam em uma série de ações tomadas pelo governo Trump para responsabilizar Moraes por abuso de autoridade, criação de um complexo de censura, ataque flagrante a oponentes políticos e prática de graves violações de direitos humanos”, afirmou o comunicado.
A aplicação das sanções a Viviane de Moraes é um mais reflexo do crescente confronto entre os dois países, após o veredito de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF, em 11 de setembro. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por sua participação na tentativa de golpe de Estado.