Boulos e a dignidade da esquerda brasileira. Por Valter Pomar

Atualizado em 29 de outubro de 2024 às 4:09
Guilherme Boulos

POR VALTER POMAR, em seu blog

A eleição em São Paulo foi muito dura.

E a pessoa que mais pode falar a respeito é, sem dúvida, nosso candidato, o companheiro Boulos.

Dada a importância da cidade na política brasileira, será preciso fazer um balanço muito profundo acerca do que ocorreu.

Entre outras questões, cabe responder se é verdade; e, sendo, quais os motivos do que segue abaixo:

-votação de Bruno Covas em 2020: 59,38% dos votos válidos

-votação de Ricardo Nunes em 2024: 59,35% dos votos válidos

-votação de Boulos em 2020: 40,62 % dos votos válidos

-votação de Boulos em 2024: 40,65% dos votos válidos

Com o PT na campanha desde o início, com uma quantia expressiva de recursos financeiros, com Marta na vice e Lula presidente, por quais motivos os resultados foram esses, estatisticamente parecidos com os de 2020?

Posteriormente voltaremos a essas e a outras questões (inclusive a entrevista de emprego com Marçal).

Mas há algo que deve ser dito hoje, referente a um trecho do discurso feito por Boulos na noite de ontem, após o anúncio dos resultados.

Sei que no calor da hora se fala muita besteira retórica.

Mas dizer que “essa campanha recuperou a dignidade da esquerda brasileira” não é qualquer besteira.

Não sei o quê ou em quem Boulos pensou, ao falar isso.

Mas só se recupera o que foi perdido.

Se alguém perdeu e agora achou, fale por si.

Não fale pela esquerda brasileira, que é muito grande, tem muitos defeitos e problemas, mas não merece ouvir isso de ninguém.

Nem fale pelo PT.

Teria outras coisas para falar a respeito, mas como esse texto é público, só peço ao Boulos o seguinte: nos inclua fora dessa.