Durante um ato de campanha na favela de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) criticou seus adversários políticos que participaram de um ato bolsonarista na Avenida Paulista no feriado de 7 de setembro. Ele estava acompanhado pelo ministro Fernando Haddad (PT) e pela deputada Luiza Erundina (PSOL), ressaltou que São Paulo não se beneficiará da “guerra antidemocrática” promovida por seus concorrentes.
Boulos não mencionou nominalmente os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), mas insinuou que eles estavam envolvidos em atividades prejudiciais à democracia durante o evento na Avenida Paulista. Ricardo Nunes compareceu ao evento, enquanto Pablo Marçal chegou apenas após o discurso de Jair Bolsonaro (PL).
Fernando Haddad, sem citar Marçal diretamente, referiu-se ao ex-coach como “estelionatário” e “bandido”. O ex-prefeito também criticou a gestão atual de Ricardo Nunes, afirmando que a prefeitura tem recursos suficientes para resolver os problemas da população.
Na mesma linha, Boulos prometeu implementar um programa de regularização fundiária para as famílias de Heliópolis e reiterou suas críticas ao vice de Nunes, coronel Ricardo Mello Araújo, por suas opiniões sobre a atuação da PM em áreas periféricas.
Durante o evento, Luiza Erundina levantou um coro de apoio a Boulos, destacando sua candidatura como a próxima liderança progressista para São Paulo. Ela também enfatizou os feitos positivos de sua própria gestão, bem como das gestões de Haddad e Marta Suplicy, ressaltando a importância de continuar o legado petista.
Apesar dos desafios, a caminhada percorreu diferentes ruas da favela e contou com o apoio de muitos residentes, apesar de um imprevisto: o carro que transportava Boulos, Haddad, Erundina e a esposa do psolista, Natalia Szermeta, quebrou no meio do caminho, forçando o grupo a embarcar em outro trio para concluir o evento.
Boulos também comentou a demissão do ministro Silvio Almeida, que foi acusado de assédio sexual. O candidato do PSOL expressou seu apoio às vítimas de assédio e criticou a administração atual por sua falta de compromisso com políticas de combate à violência contra a mulher. Ele prometeu implementar o maior programa de combate à violência contra mulheres na história da cidade, caso seja eleito.
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