
Em participação no Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (26), Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, explicou as relações que traça entre seus adversários, Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB), e o bolsonarismo. Para o psolista, esses dois concorrentes representam a expressão de extrema-direita.
“Acusações e fake news não são privilégios do bolsonarismo raiz. O Marçal é uma coisa abjeta, um criminoso. A normalização dele não partirá de mim, jamais. Ele é um criminoso, com relações do seu círculo próximo de pessoas que foram denunciadas por trocar carro de luxo por cocaína”, argumentou.
“O presidente do partido dele é confessadamente ligado ao crime organizado, ele próprio é condenado por fraude bancária, por dar golpe em aposentado”, seguiu Boulos. “Uma pessoa que não tem escrúpulos e inventa qualquer tipo de mentira”
“Hoje, nós temos dois candidatos em São Paulo que representam o bolsonarismo. O Marçal representa esse suco puro da extrema-direita, do ódio e da mentira. E o Nunes é o candidato oficial do Bolsonaro. É disso que estamos falando”, seguiu o candidato do PSOL.
Para o #RodaViva, @GuilhermeBoulos explica as relações que traça entre Pablo Marçal, Ricardo Nunes e o bolsonarismo.
"Acusações e fake news não são privilégios do bolsonarismo raiz. O Marçal é uma coisa abjeta, um criminoso. A normalização dele não partirá de mim", esclarece. pic.twitter.com/HT9oFVV7yV
— Roda Viva (@rodaviva) August 27, 2024
“Ele mantinha, até o ano passado, um secretário de mudanças climáticas que era negacionista do aquecimento global. […] É disso que estamos falando. São duas faces da mesma moeda por serem bolsonaristas, por se articularem com esse campo político da extrema-direita”, definiu.
O convidado do Roda Viva concluiu comparando os dois candidatos: “O Marçal inventou fake news e ele faz de um jeito mais agressivo, mais violento, mas o Ricardo Nunes outro dia deu uma entrevista em que, em uma única frase, disse que eu era do Hamas, do Comando Vermelho e tomava casa dos outros. Isso é fake news também”.
“Nós não podemos normalizar esse tipo de coisa só pelo fato de ele ser do MDB, de ele ter sido vereador. Em relação ao crime organizado, com o Marçal essas relações já começaram a aparecer. Inclusive, aparecendo de onde vem a fortuna dele, que era uma coisa mal explicada, parece que tem crime por trás”, lembrou ele.
“No caso do Ricardo Nunes, o crime organizado entrou no sistema de transporte da cidade de São Paulo. Não sou eu que tô dizendo, é GAECO, é Ministério Público, é Polícia Civil. Milícia atuando dentro da Guarda Civil Metropolitana na Cracolândia… Apesar de haver diferenças de estilo e de postura, existem muitas equivalências também, e ninguém pode ignorar”, pontuou Boulos.