
No debate da Record deste sábado, dia 20, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) trouxe novamente à tona o assunto envolvendo Eduardo Olivatto, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) da Prefeitura de São Paulo.
Olivatto tem sido alvo de questionamentos após reportagens revelarem suas ligações com um dos principais fornecedores de obras emergenciais da prefeitura. Segundo informações do UOL, ele mantém uma empresa sediada em um imóvel alugado de Fernando Marsiarelli, empresário beneficiado por contratos com a secretaria.
Durante o debate, Boulos voltou a cobrar explicações sobre o envolvimento de Olivatto e sua conexão com Marsiarelli, ampliando a denúncia sobre o crime organizado na administração municipal.
Boulos citou uma reportagem publicada pelo UOL afirmando que Olivatto é irmão de Ana Maria Olivatto, ex-companheira de Marco Willians Herba Camacho, o Marcola, e os contratos milionários da pasta, celebrados sem licitação.
Pediu também que Nunes abrisse mão do sigilo bancário. Mais um vez, Nunes se esquivou e preferiu vincular Boulos à rachadinha do deputado federal André Janones (Avante-MG).
Anteriormente, em um debate na TV Globo, Ricardo Nunes defendeu seu governo e afirmou que Olivatto é funcionário de carreira desde 1988, tentando minimizar as acusações feitas por Boulos.
Boulos citou ainda Osvaldo Cavalcante Maciel, nome que causa desconforto no círculo próximo ao prefeito de São Paulo. Maciel é um empresário condenado por um dos maiores escândalos bancários do Brasil nos anos 1990, tendo participado de um esquema que desviou R$ 1,6 bilhão do Banco do Brasil. No entanto, mais recentemente, seu nome voltou a ser mencionado devido a uma ligação com Nunes, fato que agitou ainda mais a corrida eleitoral para a prefeitura da maior cidade da América Latina.