“Braço direito” de Bolsonaro teria dito que joias sauditas iriam ao acervo pessoal do ex-capitão

Atualizado em 21 de abril de 2023 às 13:06
Ex-presidente Jair Bolsonaro e joias sauditas. (Foto: Reprodução)

O ex-assessor da Presidência da República, Cleiton Henrique Holzschuk, teria dito à Polícia Federal (PF) que as joias sauditas teriam como destino o “acervo pessoal” do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). A informação teria partido do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. As informações são do G1.

Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do Tenente Coronel Mauro Cid. (Foto: Reprodução)

Cid era considerado braço direito do ex-capitão. O ex-assessor, que era 2º tenente do Exército, também era subordinado ao tenente-coronel na Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República.

“Foi falado pelo tenente-coronel Cid durante as conversas de WhatsApp relatadas que as joias iriam para o acervo pessoal do presidente da República”, disse Holzschuk em determinado trecho do depoimento à PF.

A defesa de Bolsonaro, no entanto, mantém a versão de que o ex-mandatário só soube da existência das joias sauditas em dezembro de 2022, mais de um ano após a entrada delas no Brasil. O ex-capitão também continua dizendo que não se lembra de quem o avisou a respeito da apreensão das joias milionárias pela Receita Federal.

Foi aberto um inquérito que busca apurar se o ex-chefe do executivo cometeu o crime de peculato ao tentar manter em posse própria os objetos milionários que teriam sido presenteados pelo regime saudita em viagens que ele realizava enquanto era presidente.

A pena prevista para o crime de peculato varia de 2 a 12 anos de prisão, bem como o pagamento de multa.Atualmente, a lei prevê que a entrada de mercadorias classificadas como “pessoais” e com valor acima de US$ 1 mil no país precisa ser feita mediante ao pagamento do imposto de importação, que equivale a 50% do valor do produto. Quando um passageiro omite o item, há uma multa que consiste em um adicional de 50% de seu valor total.

Alguns dos itens, somados, chegaram a ser avaliados em mais de R$16,5 milhões. Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que Bolsonaro devolvesse ao acervo da presidência alguns dos itens que recebeu e ficou para si. O caso segue sendo investigado pela PF.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link