O ex-assessor da Presidência da República, Cleiton Henrique Holzschuk, teria dito à Polícia Federal (PF) que as joias sauditas teriam como destino o “acervo pessoal” do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). A informação teria partido do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. As informações são do G1.
Cid era considerado braço direito do ex-capitão. O ex-assessor, que era 2º tenente do Exército, também era subordinado ao tenente-coronel na Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
“Foi falado pelo tenente-coronel Cid durante as conversas de WhatsApp relatadas que as joias iriam para o acervo pessoal do presidente da República”, disse Holzschuk em determinado trecho do depoimento à PF.
A defesa de Bolsonaro, no entanto, mantém a versão de que o ex-mandatário só soube da existência das joias sauditas em dezembro de 2022, mais de um ano após a entrada delas no Brasil. O ex-capitão também continua dizendo que não se lembra de quem o avisou a respeito da apreensão das joias milionárias pela Receita Federal.
Foi aberto um inquérito que busca apurar se o ex-chefe do executivo cometeu o crime de peculato ao tentar manter em posse própria os objetos milionários que teriam sido presenteados pelo regime saudita em viagens que ele realizava enquanto era presidente.
Alguns dos itens, somados, chegaram a ser avaliados em mais de R$16,5 milhões. Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que Bolsonaro devolvesse ao acervo da presidência alguns dos itens que recebeu e ficou para si. O caso segue sendo investigado pela PF.