Eduardo Marcos da Silva, conhecido como Dudinha, braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso nesta quinta-feira (14), pela Polícia Federal, em uma operação para desarticular um plano de sequestro de autoridades. Dudinha, membro da “sintonia restrita” da facção, foi rendido armado durante a ação policial em São Paulo.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, resultando na apreensão de duas pistolas 9mm, um colete balístico e quatro veículos de luxo. A ação é um desdobramento da Operação Sequaz, iniciada em março deste ano, que descobriu um plano do PCC para sequestrar e assassinar servidores públicos e autoridades.
Segundo fontes da PF, Dudinha integra a sintonia restrita, uma célula composta por membros de confiança extrema da cúpula do PCC, incluindo Marcola, com elevado poder decisório. As investigações indicam que Eduardo é peça-chave na comunicação e execução de decisões importantes para a facção.
Veja a ação da PF na casa de Dudinha em São Paulo:
Na Operação Sequaz anterior, o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya foram identificados como possíveis alvos de sequestro. A ação desta quinta revela um desdobramento dessas investigações, com ênfase na prevenção de um novo plano de ataque da facção criminosa.
Ainda não está claro quais autoridades seriam alvo do novo plano, mas na primeira fase da operação, informações sobre as residências oficiais do senador Sergio Moro e dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, foram encontradas pelos investigadores.
O PCC, liderado por Marcola, é uma das organizações criminosas mais poderosas do país. As investigações continuam, buscando desarticular completamente qualquer ameaça às autoridades e à segurança pública. Dudinha, agora detido, é considerado uma peça-chave na estrutura do PCC e deve responder por sua participação nas atividades criminosas da facção.