
Governos do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram contatos reservados e reuniões secretas que resultaram no primeiro encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump, realizado na Assembleia-Geral da ONU em Nova York, na terça-feira (23). Com informações do Estadão.
As tratativas envolveram diretamente o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, o representante comercial dos EUA Jamieson Greer e o enviado especial Richard Grenell. As conversas ocorreram em videoconferências e encontros fora das agendas oficiais, sem divulgação pública.
No dia 11 de setembro, Alckmin conversou com Greer em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. Dias depois, em 15 de setembro, Mauro Vieira recebeu Grenell no Rio de Janeiro. Esses movimentos ocorreram em paralelo às tensões geradas pelo tarifaço de 50% imposto por Washington a produtos brasileiros.
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Reuniões secretas entre autoridades dos EUA e do Brasil ‘selaram’ encontro de Trump e Lula
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— Estadão 🗞️ (@Estadao) September 26, 2025
O objetivo era indicar disposição política de ambos os lados para que Lula e Trump tivessem uma aproximação durante a ONU. Apesar da incerteza até o último momento, os cerimoniais não criaram barreiras para que os dois se encontrassem nos bastidores.
No dia do encontro, Trump chegou a assistir ao discurso de Lula e foi fotografado pela equipe da ONU acompanhando as falas do petista. Lula, por sua vez, manteve a rota que permitiu que os dois se cruzassem em uma sala reservada a chefes de Estado.
Procurados, o Itamaraty e o Ministério da Indústria não comentaram as informações, enquanto a Casa Branca e o escritório do Representante Comercial dos EUA não responderam aos questionamentos.