Brasil é recordista em mortes de trabalhadores de enfermagem e médicos

Atualizado em 21 de junho de 2020 às 20:23

Publicado originalmente na Rede Brasil Atual

Manifestações presenciais e virtuais em diversos estados brasileiros foram realizadas neste domingo (21), em solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da saúde.

O Brasil é recordista mundial em mortes de profissionais de enfermagem pela covid-19. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), foram registrados mais de 200 óbitos até o dia 19 de junho. Em média registrada em março, são duas pessoas mortas por dia. No caso dos médicos, não é diferente: cerca de 140 óbitos, segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).

Os atos foram organizadas por entidades ligadas ao setor, como Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares e Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia.

Em São Paulo, segundo o G1, os profissionais da saúde realizaram o ato em homenagem às vítimas da covid-19 na Praça Roosevelt, no centro, no período da manhã. A manifestação também cobrou a valorização da categoria, investimento no SUS e defesa da democracia.

O Mídia Ninja mostrou o ato em Defesa da Vida, da Saúde, do SUS e da Democracia, em Fortaleza, e em repúdio a Bolsonaro e seu projeto de necropolítica. A manifestação prestou solidariedade aos familiares dos que perderam seus entes queridos e aos profissionais de saúde que perderam suas vidas ao tentar salvar vidas.

O protesto foi realizado no Aterrinho da Praia de Iracema, respeitando o distanciamento social seguro.

Segundo Aristóteles Cardona Júnior, médico de família no sertão pernambucano e integrante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, outro fator mobilizador das manifestações foi a marca de 1 milhão de casos confirmados e 50 mil mortos pela covid-19 no Brasil, sem contar os números desconhecidos em decorrência da subnotificação.

“É um marco triste nesse momento que a gente vive. A gente sabe que não são todas as mortes por covid-19 que são evitáveis, mas muitas poderiam ter sido evitadas se a gente tivesse uma atuação central e organizada de combate. Não é o que a gente vê por parte do governo federal”, afirma Cardona Júnior, em reportagem de Caroline Oliveira no Brasil de Fato.

Com informações do Brasil de Fato, Mídia Ninja e G1.