Brasil lidera América Latina no boom da produção mundial de petróleo

Atualizado em 6 de agosto de 2023 às 8:38
Plataforma da Petrobras no Campo de Lula, na Bacia de Santos. Foto: Tania Regô/Agência Brasil.

Em meio à crise das mudanças climáticas, a produção mundial de petróleo está prevista para aumentar na próxima década, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Embora a tendência seja de crescimento, os especialistas acreditam que a dominância das energias renováveis ​​sobre os combustíveis fósseis irá se fortalecer antes de 2030. Com informações da BBC Brasil.

Nesse cenário, a AIE estima um aumento de 5,8 milhões de barris por dia na produção mundial de petróleo até 2028, e a América Latina contribuirá com cerca de um quarto dessa oferta adicional. Brasil, Guiana e, em menor escala, Argentina, são os países que lideram esse novo capítulo na produção de petróleo na região.

No entanto, países como Venezuela, México, Equador e Colômbia devem enfrentar declínios na representatividade de oferta de petróleo bruto no mercado internacional nos próximos anos, devido a diversos motivos.

Guiana e Brasil têm se destacado na produção de petróleo. A descoberta de jazidas de pré-sal transformou o Brasil no maior produtor de petróleo da América Latina em 2017, superando o México. Além da quantidade de barris produzidos, esses países extraem petróleo de forma mais eficiente e lucrativa, emitindo menos CO2 por barril produzido em comparação com a média mundial.

Base de extração de petróleo da Petrobras. Foto: reprodução

Nos últimos anos, a petrolífera estadunidense ExxonMobil chegou à Guiana para explorar o país que tem apenas 800 mil habitantes, aproximadamente. A empresa explora, desde então, uma reserva de petróleo que estimam ter cerca de 11 bilhões de barris nas profundezas do oceano.

Na Argentina, o desenvolvimento da indústria petrolífera tem sido impulsionado pelo campo de Vaca Muerta, que possui uma das maiores reservas mundiais de gás e óleo de xisto. A produção argentina tem crescido nos últimos anos, mas as projeções apontam para um declínio após 2030 devido à redução da produção convencional e incertezas nas políticas do setor.

A produção de petróleo não convencional, também conhecido como o xisto, exige grandes investimentos de longo prazo e estabilidade nas políticas do setor para sustentar seu crescimento.

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