
A produtora Brasil Paralelo removeu de suas plataformas o documentário “Investigação Paralela: o caso Maria da Penha” após determinação judicial. A decisão foi tomada pela 9ª Vara Criminal de Fortaleza, a pedido do Ministério Público do Ceará (MP-CE), que apontou que a obra apresentava acusações falsas e poderia alimentar desinformação sobre um caso emblemático de violência doméstica.
O MP-CE afirmou que o material sugeria fraude processual e estaria vinculado à atuação de Alexandre Paiva, investigado por perseguição contra Maria da Penha. Para a promotoria, o conteúdo estimulava ataques virtuais contra mulheres.
O episódio fazia parte de uma série no estilo true crime, que a produtora defendia como iniciativa para revisitar casos de repercussão nacional sob diferentes pontos de vista. Em nota, a Brasil Paralelo criticou a decisão, chamando-a de censura, e declarou que a obra não faz apologia ao crime nem ataca vítimas ou leis.
O caso já havia gerado uma decisão cautelar em julho, quando a juíza Vanessa Veras proibiu a exibição por 90 dias. Além do processo criminal, há uma ação civil movida pela AGU, por meio da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, que acusa a produtora de disseminar desinformação e pede multa de R$ 500 mil por danos morais coletivos.
