Brasil recebe representante da ONU responsável por apurar genocídios indígena e negro

Atualizado em 26 de abril de 2023 às 8:29
Alice Wairimu Nderitu, representante da ONU. (Foto: Reprodução)

O Brasil receberá no dia 2 de maio a visita de Alice Wairimu Nderitu, representante da ONU responsável por investigar riscos de genocídio entre uma população.

Alice é natural do Quênia e conselheira especial do secretário-geral para a Prevenção de Genocídio. Ela ficará no país até 12 de maio e sua agenda será focada na situação dos povos indígenas e da comunidade afrobrasileira.

A visita foi autorizada pelo governo brasileiro, o que foi interpretado como um gesto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para mostrar comprometimento com a pauta de direitos humanos além de promover certa exposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enfrenta denúncias no Tribunal Penal Internacional por genocídio dos povos indígenas.

“Enquanto estiver no país, Nderitu também gostaria de aproveitar a oportunidade e fazer uma visita de cortesia ao chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva”, diz o documento da ONU entregue ao governo brasileiro.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Reprodução)

A representante produzirá um informe que será submetido ao secretário-geral da ONU, António Guterres, ao final da visita.

O governo brasileiro pretende, através das críticas e recomendações que serão realizadas após a visita, fortalecer seu posicionamento, blindar algumas das políticas de direitos humanos e dar munição para eventuais processos contra o ex-capitão e seus aliados.

A visita ocorrerá em meio ao recente escândalo da situação calamitosa dos povos indígenas Yanomami, assolados pelo avanço do garimpo ilegal do ouro em seu território. Desde que assumiu o governo, Lula tem lutado e se mostrado preocupado em solucionar a situação de total descaso deixada por Bolsonaro em relação aos povos originários do país. Com informações da coluna de Jamil Chade, na UOL.

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