O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que o Brasil deverá se posicionar contra o ingresso da Venezuela no Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A decisão foi comunicada à equipe de articulação internacional do governo, liderada pelo chanceler Mauro Vieira, que representará o país na próxima reunião do bloco em Moscou. Lula, devido a uma queda recente, não poderá comparecer pessoalmente ao encontro. Com informações da colunista Daniela Lima, do G1.
A Venezuela, sob o comando de Nicolás Maduro, tem sido alvo de críticas por não cumprir acordos internacionais que previam eleições livres e auditáveis. O governo brasileiro, que participou desses acordos, se mostrou insatisfeito com o regime venezuelano. Desde que Lula se recusou a reconhecer a suposta vitória de Maduro nas últimas eleições, tanto o presidente brasileiro quanto sua equipe de chancelaria têm sido alvo de ataques do governo venezuelano.
A situação eleitoral da Venezuela é vista como crítica. O regime de Maduro foi acusado de não divulgar de forma transparente os resultados das eleições, com a Suprema Corte venezuelana decretando sigilo sobre as atas eleitorais, algo que nunca foi feito nem nos tempos de Hugo Chávez. Essa falta de transparência tem levado a questionamentos sobre o real número de votos obtidos por Maduro e pelo candidato da oposição, Edmundo González.
O líder oposicionista, após a contestação do resultado eleitoral, se refugiou na Espanha. Enquanto isso, a pressão internacional sobre o governo Maduro aumenta, e o distanciamento do Brasil em relação à Venezuela torna-se mais evidente.
O possível veto ao ingresso da Venezuela no Brics reforça o afastamento de Lula em relação a Maduro, marcando uma nova fase nas relações entre os dois países. Um articulador internacional do governo brasileiro comentou que a relação entre Lula e o líder venezuelano “está na geladeira há tempos.”
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