Esta era a manchete da Folha online no começo da tarde:
“Dólar cai ao menor nível em 4 meses, a R$ 5,68, com otimismo em Brasil e China e pessimismo nos EUA”
E esta era a manchete da Folha no fim da tarde:
“Dólar cai ao menor nível em quatro meses, a R$ 5,68, com otimismo sobre economia da China”
Em menos de cinco horas o Brasil sumiu da manchete e foi para o que no jornalismo se chama de linha de apoio, logo abaixo do título principal. Essa linha ficou assim:
“Plano de impulso anunciado pelo governo chinês beneficia emergentes; dados positivos no Brasil fortalecem mercado local”
No texto, a Folha informa:
“O Banco Central divulgou nesta segunda que seu IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado um sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), teve alta de 0,9% em janeiro sobre o mês anterior —quando registrou 0,6% —, em dado dessazonalizado. O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,22%”.
Era bom demais para que a notícia da performance da economia brasileira, que havia surpreendido de novo, ficasse mais tempo na capa.
Esse é o nosso jornalismo das corporações. As notícias boas são apenas as que chegam de fora, mesmo que, para a direita brasileira, sejam da China.
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INJUSTIÇA
Acho injusto que quatro bolsonaristas foragidas do Brasil por envolvimento com o 8 de janeiro, que foram detidas nos Estados Unidos, sejam deportadas por Trump.
Elas deveriam ter casa, comida e roupa lavada, como imaginavam que teriam. É uma crueldade o que o fascismo faz como quatro golpistas que buscavam a proteção do governo neonazista de Trump.
Minha solidariedade a essas quatro brasileiras. Que na próxima vez tentem fugir para a Argentina.
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ABERRAÇÕES
Jornalista velho e padre jovem de extrema direita. Parece sem sentido, mas tem muito hoje, a maioria deles declarados e juramentados como defensores orgulhosos de ideias fascistas.
(É uma pauta que os próprios jornalistas tratam como tabu)
Publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes
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