Brasil tem dívida histórica com população negra, diz Barroso

Atualizado em 13 de maio de 2022 às 22:58
Barroso usou a data do fim da abolição da escravatura para falara sobre racismo estrutural
Luis Roberto Barroso
Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (13), Dia da Abolição da Escravatura, o ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral Luís Roberto Barroso usou suas redes sociais para falar sobre a data.

“Na data comemorativa da abolição da escravatura é oportuno relembrar as dívidas históricas com a população negra e a importância de enfrentar o racismo estrutural que nos diminui a todos”, escreveu o ministro na rede social”, declarou o ministro em seu perfil no Twitter.

Na mesma data, Barroso, durante palestra nesta sexta-feira, chamou a PEC do voto impresso de “bobagem”, e disse ter gastado tempo com discussões sobre o assunto. A declaração foi feita no XXIV Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador. “Gastei tempo discutindo a bobagem do voto impresso”, disse.

Após mais de 100 do fim da escravatura, 1.937 casos de trabalho análogo a escravidão foram descobertos no país em 2021

Um dos casos mais recentes descobertos, no dia 15 de março deste ano, foi o caso de uma mulher resgatada sob situação análoga à escravidão. A idosa de 84 anos foi encontrada após 72 anos trabalhando como empregada doméstica para uma uma família no Rio de Janeiro. O resgate foi realizado pela Auditoria Fiscal do Trabalho no Rio e Ministério Público do Trabalho e do Projeto Ação Integrada.

Dados do Ministério do Trabalho e Previdência afirmam que essa é a mais longa duração de exploração de uma pessoa em escravidão contemporânea, desde que o Brasil criou o sistema de fiscalização para enfrentar esse crime, em maio de 1995.

Em 2021, 1.937 brasileiros foram retirados de situações análogas a escravidão no país. Mais do que nos sete anos anteriores. Em 2013, 2.808 trabalhadores viviam em regime de escravidão moderna.

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