A brasileira Grazielle Tavares, de 49 anos, foi agredida durante uma discussão em uma sala de aula na Universidade do Minho, em Braga, no norte de Portugal. Com informações do blog do Vicente, do Correio Braziliense.
Antes de agredir a jornalista, o português João Bernardo Mendes disse que a vítima pagava o curso com “dinheiro vindo do c*”, insinuando que ela era prostituta. O caso ocorreu na noite de terça-feira (28), na presença dos colegas de classe.
Grazielle está há apenas um mês e meio em Portugal. Ela trabalhava na área de comunicação social da prefeitura de Quissamã, no interior do Rio de Janeiro, e decidiu pedir demissão para se dedicar ao estudo no país europeu.
A professora, que é portuguesa, foi a única a intervir em defesa de Grazielle. A docente chamou um segurança da universidade, que, em vez de defender a vítima, questionou o que ela havia dito para irritar o agressor.
A polícia foi chamada após insistência da professora, mas os agentes da Guarda Nacional Republicana (GNR) limitaram-se a anotar um breve relato da vítima, não conduzindo o agressor para prestar depoimento.
A jornalista teve que recorrer a um amigo advogado para acompanhá-la até um hospital e comprovar, por meio de exames, a agressão.
A brasileira e o agressor faziam parte de um grupo para um trabalho da universidade, e desde o início, João Bernardo tratava as mulheres de forma agressiva.
Antes do episódio, o grupo havia marcado se encontrar na universidade um pouco antes do início da aula. Por estar pouco familiarizada com Braga, Grazielle acabou se perdendo e se atrasou para o encontro.
O contratempo foi suficiente para que João Bernardo se tornasse ainda mais agressivo. Assim que chegou ao local marcado, a brasileira avisou: “Cheguei”. Imediatamente o português respondeu de forma desrespeitosa.
Na sala de aula, Grazielle escolheu um lugar próximo à porta. Em determinado momento, a brasileira notou que João Bernardo passou a entrar e sair da sala, sempre encarando-a. Diante da situação, ele indagou sobre o que estava ocorrendo.
O agressor afirmou que a brasileira não deveria estar estudando ali. Em resposta, a jornalista disse que estava legalizada no país e pegava o curso com o dinheiro dela. Foi nesse momento que o português partiu violentamente para cima da vítima.
A Universidade do Minho foi informada do ocorrido e prometeu suspender o agressor das aulas. Grazielle formalizou uma queixa contra João Bernardo na Polícia de Segurança Pública (PSP).