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Brasileiros devem sair de Gaza até quarta-feira, diz Itamaraty

Brasileiros alojados em Gaza. Foto: reprodução

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, anunciou neste sábado (4) que o chanceler de Israel, Eli Cohen, garantiu a liberação de um grupo de 34 brasileiros que permanecem presos na Faixa de Gaza até quarta-feira (4). A região enfrenta um intenso conflito com o grupo terrorista Hamas, resultando em mais de dez mil vidas perdidas.

De acordo com o ministro Vieira, os brasileiros, incluindo palestinos com residência no Brasil e seus parentes próximos, serão autorizados a deixar o país através da passagem de Rafah, em direção ao Egito, onde embarcarão em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

O anúncio foi feito após o questionamento da ausência dos nomes dos brasileiros nas listas divulgadas anteriormente para a saída de estrangeiros de Gaza. Essa iniciativa ocorre após intensas conversas entre os ministros de Relações Exteriores do Brasil e de Israel, bem como com autoridades do Egito, responsáveis pela fronteira de Gaza.

Em contrapartida, o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, negou qualquer motivação política por trás da exclusão inicial dos brasileiros das listas de autorizações de saída.

Segundo ele, os critérios para a seleção das pessoas a serem liberadas não são claros, e diversos países também estão pressionando por medidas urgentes para a saída de seus cidadãos retidos em Gaza. Cerca de 500 pessoas estão sendo autorizadas diariamente a cruzar a fronteira para deixar a região.

Palestino tenta apagar fogo em sua residência após bombardeio de Israel. Reprodução

Enquanto isso, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, expressou sua preocupação com a exclusão de brasileiros e outros estrangeiros das listas de autorização de saída de Gaza, apontando para uma possível desigualdade no tratamento de vidas humanas com base na origem e no contexto econômico dos países. Ele destacou a percepção de que a vida dos palestinos valeria ainda menos, especialmente em situações de conflito.

A situação na região do Oriente Médio continua crítica, com estatísticas divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatando mais de 9 mil mortes e mais de 32 mil feridos na Faixa de Gaza, incluindo um número alarmante de 3,7 mil crianças entre os óbitos.

Na Cisjordânia, onde o Hamas não atua, foram registrados 111 mortos e 1,9 mil feridos. Considerando também as vítimas em Israel, que totalizam 1,4 mil mortos desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, o saldo trágico da guerra no Oriente Médio passa de 10,5 mil vidas perdidas.

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Augusto de Sousa

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