Brasileiros ficam de fora da 5ª lista para saída de Gaza

Atualizado em 7 de novembro de 2023 às 6:54
Forças de segurança palestinas em frente ao posto fronteiriço de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 8 de janeiro de 2019 – AFP

A nova lista de nomes autorizados a deixar a Faixa de Gaza foi divulgada nesta terça-feira (7), mas o Brasil novamente não faz parte dessa relação. O governo brasileiro aguarda a liberação que permitirá que 34 pessoas cruzem a fronteira entre Rafah e o Egito.

De acordo com o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, a nova lista inclui 605 pessoas, sendo cidadãs de diversos países, com os números mais expressivos para Alemanha (159), Canadá (80), França (61), Filipinas (46), Moldávia (51), Reino Unido (2), Romênia (104) e Ucrânia (102).

A fronteira permaneceu fechada por quase dois dias, do domingo (5) à segunda-feira (6). O governo egípcio não divulgou oficialmente os motivos do fechamento e da suspensão das autorizações para que estrangeiros deixassem a Faixa de Gaza durante esse período.

Até o momento, foram publicadas quatro listas autorizando a saída de aproximadamente 2.831 pessoas, entre feridos, estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade.

Palestinos em Rafah cruzam a fronteira com o Egito — Foto: Arafat Barbakh/Reuters
Palestinos em Rafah cruzam a fronteira com o Egito — Foto: Arafat Barbakh/Reuters

Os 34 indivíduos que aguardam a autorização para embarcar com destino ao Brasil incluem 24 brasileiros e 10 palestinos, alguns dos quais estão em processo de imigração para o país. Itamaraty desistiu de estabelecer prazos públicos para saída dos brasileiros na região, de acordo com diplomatas.

A expectativa é de que o grupo atravesse a fronteira em direção ao Egito até a próxima quarta-feira (8), conforme informado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Desde o início do conflito no Oriente Médio em 7 de outubro, a Faixa de Gaza tem enfrentado restrições severas, incluindo a escassez de alimentos, água, energia e combustível devido ao bloqueio imposto por Israel ao território, que é controlado pelo Hamas.

Apesar de alguns caminhões de ajuda humanitária estarem entrando pela fronteira com o Egito, carregados com alimentos e medicamentos, organizações não governamentais destacam que a quantidade ainda é insuficiente para atender às necessidades da população local.

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