Brasileiros perdem até R$ 50 mil por não resgatar investimentos de familiares falecidos

Atualizado em 2 de agosto de 2025 às 17:30
Familiares deixam de resgatar “herança invisível” de falecidos. Foto: Adobe Stock

Milhares de brasileiros têm deixado de resgatar valores que podem ultrapassar R$ 50 mil após a morte de parentes, principalmente por desconhecimento dos investimentos deixados por eles. Fundos, ações, previdência privada e contas remuneradas ficam muitas vezes esquecidos, mesmo sendo patrimônio legítimo de herdeiros. A estimativa é que bilhões de reais estejam parados em corretoras e instituições financeiras.

Especialistas alertam que o primeiro passo para evitar prejuízos é consultar a existência de aplicações em nome da pessoa falecida, especialmente em plataformas como o site do Banco Central (Registrato) e o Censec, sistema de cartórios de notas que pode indicar testamentos e escrituras. O procedimento é gratuito e pode ser feito com o uso de um certificado digital ou presencialmente com a documentação necessária.

Além disso, em caso de investimentos via corretoras, é necessário apresentar certidão de óbito, documentos dos herdeiros e o formal de partilha. Mesmo valores menores podem ser resgatados mediante processo simplificado. O problema, segundo advogados da área, é que muitos desconhecem seus direitos e acabam deixando que o dinheiro fique retido por anos ou seja absorvido pelos custos judiciais e impostos sucessórios.

Para garantir o acesso ao patrimônio, a recomendação é sempre manter inventário atualizado e orientar familiares sobre a existência de investimentos. Casos de previdência privada, por exemplo, permitem a nomeação direta de beneficiários, sem necessidade de inventário, o que acelera o pagamento. A falta de informação, no entanto, ainda é o principal entrave para que os valores cheguem às mãos de quem tem direito.