Brasileiros presos negam ligação com o Hezbollah: “Não sou terrorista”

Atualizado em 11 de novembro de 2023 às 9:52
Audiência de custódia de Lucas Passos Lima, preso por suspeita de ligação com Hezbollah. Foto: reprodução

Na última sexta-feira (10), dois indivíduos detidos durante a Operação Trapiche da Polícia Federal, sob suspeita de envolvimento com o Hezbollah e planejamento de atos terroristas no Brasil, participaram de uma audiência de custódia em São Paulo.

Lucas Passos Lima, 35 anos, e Jean Carlos de Souza, 38 anos, negaram qualquer ligação com a organização, mas suas prisões foram mantidas. Eles estão programados para serem transferidos para o sistema prisional na segunda-feira (13).

Lucas, o primeiro detido, foi preso no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na terça-feira (7), ao retornar do Líbano. Investigações indicam que os brasileiros suspeitos de envolvimento com o Hezbollah estavam recrutando outras pessoas para a conclusão de planos de atentados terroristas.

Lucas, que afirma viver em Brasília e trabalhar com regularização de imóveis, questionou a mudança de paz para integrar um grupo em guerra. Ele já tinha sido preso anteriormente por porte ilegal de arma.

Audiência de custódia de Jean Carlos de Souza, preso por suspeita de ligação com Hezbollah

Jean Carlos, o segundo detido, reside em Joinville, Santa Catarina, e alega viajar frequentemente devido ao seu trabalho com captação de negócios. Ele expressou indignação com as acusações de envolvimento com grupos terroristas.

“Eu acho absurdo isso. Falar: ‘Jean, você é participante de um Hamas, Hezbollah. Não sei como estão falando isso’. Estou preso, eu só queria um pouco mais de respeito em relação a isso. Não sou. Se chegar na minha família, eu não sou terrorista”, afirmou.

José Roberto Timoteo da Silva, advogado de Jean, também se manifestou e disse que se trata de um “caso absurdo”, sem base qualquer. “É mais uma coisa para envergonhar a Justiça brasileira”, disse.

Durante a audiência de custódia, as algemas foram mantidas devido aos indícios no mandado de prisão de que os detidos fazem parte de uma organização terrorista internacional. Após a audiência, permaneceram em prisão temporária determinada pela 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

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