
O solo na região da mina da Braskem, em Maceió (AL), afundou 10,8 centímetros nas últimas 24 horas, elevando o risco iminente de colapso na área.
De acordo com o mais recente boletim da Defesa Civil divulgado na manhã deste domingo (3), a velocidade de afundamento mantém-se em 0,7 cm/hora. Desde 29 de novembro, o solo já cedeu 1,69 metro, agravando a situação.
A Defesa Civil reforça o alerta máximo devido ao perigo iminente de colapso na mina. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), apontou que na última sexta-feira (1º) a velocidade atingiu 2,6 centímetros por hora, chegando a um momento crítico de 5 cm/hora.
“A população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, afirma o órgão.
Vale destacar que a Braskem ainda não assumiu oficialmente a responsabilidade pelo afundamento que afetou cinco bairros de Maceió. Mais de 15 mil imóveis foram desocupados, impactando cerca de 60 mil moradores da região.

O acordo de 2019 para a desocupação das áreas de risco não estabelece “reconhecimento de responsabilidade da Braskem”, sendo assinado por representantes da Defensoria Pública Estadual, Federal, Procuradoria-Geral de Justiça e Ministério Público Estadual de Alagoas.
O colapso foi provocado pelo deslocamento do subsolo durante a extração de sal-gema, utilizado na produção de soda cáustica e PVC. Autoridades públicas e a Braskem confirmam a desocupação da região ao redor da mina.
A capital alagoana declarou estado de emergência, e o presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), autorizou um empréstimo de US$ 40 milhões à prefeitura de Maceió. Esses recursos contribuirão para enfrentar o maior desastre ambiental da região.
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