Bretas, o juiz terrivelmente bolsonarista, mira na cabecinha da Justiça por vaga no STF. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 17 de fevereiro de 2020 às 9:35

Preste atenção no vídeo abaixo.

Na segunda fileira, a partir de 0:42, enquanto o bispo RR Soares canta, o juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio, levanta a mãozinha e rodopia.

 

Não é demais?

Não para eles.

Em outubro de 2018, o corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, fez uma série de recomendações baseadas em proibições constantes da Constituição Federal, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do Provimento 71/2018 do CNJ.

A intenção era “resguardar a imagem da magistratura brasileira”. 

Bretas não quer nem saber disso.  

No último fim de semana, passeou com Bolsonaro e Crivella pelo Rio de Janeiro, onde participou de comício religioso.

Foi também à inauguração da alça de ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha em carro oficial do presidente da República e subiu em um palco para discursos ao lado de ministros, prefeitos e deputados. 

Posta essa agitada agenda em suas redes sociais, juntamente com imagens em academias onde trabalha os músculos.

Vivia com o governador Witzel. Agora que este se queimou com Bolsonaro, não mais.

Como vai ficar quando ele encarar um processo contra os membros da família de Jair? E os milicianos amigos?

Bretas faz força para preencher a vaga de ministro “terrivelmente evangélico” que Bolsonaro deseja no STF.

Não conhece limites para isso. No meio do caminho, se tiver que envergonhar o que restou da democracia, é tiro na cabecinha.