Bruno Covas teve o apoio da maioria dos idosos de SP, que receberam em troca o fim da gratuidade no transporte

Atualizado em 24 de dezembro de 2020 às 9:23
Bruno Covas vota com FHC, o único idoso que ele curte

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, revogou a lei que dava gratuidade no transporte público a idosos com mais de 60 anos.

O governador João Doria — que acaba de voltar de uma viagem a Miami às pressas após decretar fase vermelha no estado —, também decidiu retirar esse direito, em ação conjunta.

A medida de 2013 fora promulgada por Fernando Haddad. A economia é pífia.

Muito menor do que vai custar o aumento salarial que Bruno se deu: de R$ 24.175,55 para R$ 35.462,00. (O do vice, Ricardo Nunes, passará de R$ 21.700,00 para R$ 31.915,80).

Às vésperas do pleito, Covas fez um apelo aos velhos. De acordo com o Ibope, 62% deles declaravam preferência pelo tucano.

“É importante comparecer todo mundo. A abstenção cresceu 10 pontos no primeiro turno, ela foi histórica. As pessoas tiveram receio por causa do coronavírus, mas quem esteve viu que estava tudo preparado”, disse numa coletiva.

“Teve espaçamento, não houve nenhum problema, todo mundo se dividiu ao longo do dia, deixaram os idosos no período da manhã, como o tribunal havia solicitado. Podem ir tranquilamente”.

Quantos atenderam esse pedido? Quantos estão desempregados na pandemia e quanto tiveram aumento?

Quantos agora terão de pagar o ônibus depois de apoiar esse sujeito?

Não é só estelionato eleitoral. É maldade.

Covas e Doria são o bolsonarismo de pulôver.

Contarão sempre com a capacidade de o povo paulista de esquecer quem são eles a cada quatro anos.