O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), foi reeleito neste domingo (6) para mais um mandato, confirmando as pesquisas de intenção de voto que já indicavam seu favoritismo antes mesmo do início oficial da campanha eleitoral. Com a vitória, Reis, de 47 anos, fortalece a influência política do carlismo na capital baiana, movimento fundado por Antonio Carlos Magalhães, o ACM.
A reeleição de Bruno Reis reforça o legado do “carlismo”, que permanece uma força política dominante na Bahia. Ele foi vice de ACM Neto em 2020 e recebeu seu apoio para concorrer à prefeitura pela primeira vez, sendo eleito com grande vantagem.
Este ano, ele disputou o cargo contra o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), de 55 anos, que teve o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Apesar do peso de grandes nomes na disputa, Bruno Reis minimizou a influência das lideranças políticas nacionais na campanha. Durante sabatina no UOL/Folha, o prefeito reeleito afirmou que preferiu manter distância de apoio explícito de caciques nacionais, declarando que “Brasília está preocupada com outros temas”.
Ele ainda destacou que sua oposição é direcionada apenas ao PT local, que governa o estado há 18 anos, e ressaltou que não via problemas no apoio de seu partido, União Brasil, ao governo federal de Lula. Durante a campanha, Reis foi alvo de críticas em relação a temas como mobilidade urbana e desemprego.
Um estudo divulgado em março de 2024 pelo UOL mostrou que Salvador registrou os piores índices de renda, emprego e segurança entre as capitais brasileiras, segundo o Mapa das Desigualdades, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS).
Mesmo diante dos problemas, o prefeito manteve sua popularidade elevada. Na eleição anterior, Bruno Reis foi o prefeito de capital com a maior porcentagem de votos do Brasil, conquistando 64,2% dos votos válidos, o equivalente a 779 mil votos.
Seu vínculo com o carlismo vem de longa data, tendo trabalhado com ACM Neto desde 2002, quando o herdeiro político de ACM era deputado federal. Em 2016, foi eleito vice-prefeito de Salvador ao lado de Neto, consolidando sua ascensão na política local.
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