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Cachorro é quem não respeita sequer a morte. Por Ideli Salvatti

Bolsonaro debocha dos mortos na guerrilha do Araguaia

POR IDELI SALVATTI

Cachorro e cachorro hidrófobo é quem não respeita o direito sagrado e ancestral da família velar e enterrar seus mortos.
Ao extinguir o Grupo que identificava desaparecidos políticos nas ossadas de Perus, Bolsonaro está atentando contra esse direito.

Direito que tem que ser respeitado, inclusive por ser resultado de crime praticado pelo Estado, seja no caso dos desaparecidos políticos da ditadura Militar, seja no crime de Brumadinho, seja no crime do desabamento no Rio.

Todos crimes do Estado, por execução, conivência ou omissão!

Diariamente vemos esse desgoverno atentar contra a vida, reduzindo ou eliminando tudo que garanta e melhore a vida de milhões de brasileiros.

É menos moradia com o fim do MinhaCasaMinhaVida, é menos saúde com o fim do MaisMédicos, FarmáciaPopular, BrasilSorridente… com mais agrotóxicos nos alimentos, é menos educação com a redução das oportunidades educacionais, é menos salário com o fim do reajuste do mínimo acima da inflação, é menos emprego com a Reforma Trabalhista, com a entrega do nosso patrimônio, é menos inclusão com a redução das políticas sociais, é mais insegurança com mais armas disponíveis e autorização para matar, é menos seguridade social com o fim da Previdência Pública.

É menos, menos, menos VIDA!

“Eu vim para que todos tenham VIDA e vida em abundância” não está na Bíblia desses “bolçais”.

É um desgoverno que atenta contra a vida e contra a morte!

O grupo que identificava as ossadas de Perus foi um árduo trabalho que envolveu pessoas e instituições: Rogério Sotilli, Prefeitura de São Paulo, Eleonora Menicucci, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Soraya Smaili, Reitora da UNIFESP, várias secretarias no MEC, Eugenia Gonzaga, presidenta da Comissão de Mortos e Desaparecidos e toda minha equipe na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Fizemos um trabalho visando não só garantir o direito aos familiares de encontrar e por fim ao luto de décadas de procura pelos seus entes queridos, mas também de dotar uma Instituição de Ensino, no caso da UNIFESP, de um setor dedicado à pesquisa e formação de profissionais numa área forense em que o Brasil é absolutamente deficitário.

Mas pesquisa, capacitação também não faz parte dos planos desse desgoverno

VIDA, MORTE não têm a menor importância.

É o cão!

 

Diario do Centro do Mundo

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