O brasiliense Caio Bonfim, de 34 anos, conquistou nesta sexta-feira (19) a medalha de ouro nos 20 km da marcha atlética no Mundial de Atletismo em Tóquio. Ele terminou a prova em 1h18min35 e se isolou como o atleta brasileiro com mais pódios na história dos Mundiais, chegando à quarta medalha.
O desempenho coroou uma semana especial. No início do campeonato, Caio já havia garantido a prata nos 35 km. Antes, havia conquistado dois bronzes na mesma prova dos 20 km, em Londres (2017) e Budapeste (2023). Agora, ultrapassa Claudinei Quirino, que somava três medalhas, e se torna o maior medalhista do país.
Que vídeo lindo, que chegada emocionante 🥹
O Caio Bonfim é exemplo de perseverança, dedicação e só esporte, é hoje ele pode comemorar e se emocionar com essa vitória espetacular 🥇
PARABÉNS CAIO CAMPEÃO MUNDIAL 🇧🇷pic.twitter.com/cR19y7uInz— Monikita ❤️ (@MonikitaFreitas) September 20, 2025
Durante a prova em Tóquio, o marchador viveu momentos de tensão. Ele perdeu a aliança de casamento no terceiro quilômetro e contou, em tom de brincadeira, que só seria perdoado pela esposa se voltasse campeão. Mesmo tendo caído para a oitava colocação, reagiu na reta final e assegurou o ouro após ultrapassar rivais da China, Espanha e França.
Treinado pela mãe, Gianetti Bonfim, ex-campeã brasileira da modalidade, Caio mantém os laços familiares no centro de sua carreira. O pai, João Sena, também atua nos bastidores técnicos, reforçando a tradição esportiva da família, que treina nas ruas de Sobradinho, no Distrito Federal.
A vitória em Tóquio coloca o atleta em um seleto grupo de brasileiros campeões mundiais, ao lado de Fabiana Murer, no salto com vara em 2011, e Alison dos Santos, nos 400 m com barreiras em 2022. Além disso, ele soma a prata olímpica conquistada em Paris, em 2024, consolidando-se como referência internacional da marcha atlética.
Após a prova, Caio se emocionou ao lembrar a trajetória de oito participações em Mundiais. Ele agradeceu aos pais, falou dos filhos e disse que ainda está assimilando a conquista. “Foram anos de sacrifício. Hoje posso dizer que somos campeões do mundo”, afirmou o marchador.