VÍDEO: Caio Coppolla já elogiou pesquisa da Prevent Senior que omitiu mortos para falsear resultados

Atualizado em 17 de setembro de 2021 às 7:55
Caio Coppolla elogiou Prevent Senior e criticou "alarmismo" sobre a cloroquina
Caio Coppolla elogiou Prevent Senior e criticou “alarmismo” sobre a cloroquina. Foto: Reprodução

Caio Coppolla defendeu o estudo manipulado da Prevent Senior sobre cloroquina. O bolsonarista encheu a operadora de saúde de elogios e disse que ela buscava um “tratamento eficaz” contra o coronavírus. Ele criticou o “alaramismo” da imprensa e de especialistas à época.

“Eu entrei em contato com as minhas fontes e uma dessas ligações animou muito meu dia”, afirmou.

Caio disse ter conversado com Benedito Batista Junior, diretor-executivo da empresa, que foi convocado para depor na CPI.

“Essa rede é líder em planos de saúde voltados à terceira idade, à melhor idade. Portanto, é uma empresa que tem como segurados justamente as pessoas no grupo de risco da covid-19”, lembrou ele.

Monalisa Perrone, ao vivo, ainda o lembrou que morreram 69 idosos na Prevent Senior antes da pesquisa, fato que fez saltar o número de mortos em São Paulo.

Leia também:

1 – Médicos da Prevent Senior são chamados de “assassinos” por terem feito pacientes de cobaias

2 – Os pacientes viravam cobaias na Prevent Senior, diz jornalista

Estudo elogiado por Caio Coppolla omitiu mortos para falsear resultados

A Prevent Senior ocultou mortes de pacientes em estudo sobre a cloroquina. A pesquisa foi apoiada por Jair Bolsonaro. O plano de saúde testou a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar da covid-19. Nove pessoas morreram durante os testes, mas só duas foram mencionadas.

Os estudos foram manipulados para demonstrar uma falsa eficácia da droga. Um médico que trabalhava na operadora afirmou que o resultado já estava pronto antes da conclusão dos testes. Os pesquisadores eram orientados a não informar os pacientes de que eram parte do teste.

Das nove pessoas que foram a óbito, seis tomaram cloroquina e azitromicina. Dois não ingeriram a medicação e um deles não se sabe o papel. Houve, pelo menos, o dobro de mortes entre os que tomaram as drogas.

Dos 636 participantes do estudo, apenas 266 fizeram eletrocardiograma, recomendado para pacientes que usam a droga. Uma das pessoas que morreu tinha 83 anos e apresentou arritmia cardíaca, um dos efeitos colaterais da cloroquina. Cerca de 15% do total (93 pacientes) fizeram teste de covid. Foram apenas 62 casos positivos, menos de 10% do total estudado.