“Campeões do penta”: por que Casagrande é maior que Kaká, Ronaldo e cia.

Atualizado em 7 de dezembro de 2022 às 9:55
Pentacampeões brasileiros ao lado de Infantino, com Casagrande ao fundo. Foto: Reprodução/Instagram

Walter Casagrande nunca escondeu seu posicionamento político e sempre lutou pela liberdade dentro e fora de campo. Em 1982, ele foi um dos líderes da Democracia Corinthiana, movimento que quebrou hierarquias dentro do clube e denunciou ao mundo a ditadura brasileira.

Fez o embate ao bolsonarismo. Pagou um preço por isso. Agora, Casão está fazendo sua primeira cobertura de um mundial fora da Globo.

Nesta semana, ele virou pivô de uma treta com jogadores que participaram do pentacampeonato em 2002 e que estão no Catar. Disse que os nomes históricos do Brasil não possuem a mesma identificação que os ídolos argentinos com os torcedores.

Sem citar nomes, Casagrande afirmou que os heróis do penta preferem se colocar ao lado de dirigentes da FIFA e entidades catarenses.

“Os brasileiros não se misturam, enquanto os argentinos nunca deixaram de ser torcedores. Existem vídeos e imagens rodando a internet com ex-jogadores argentinos que são de emocionar. E também existem vídeos e imagens de ex-jogadores brasileiros que chocam pela arrogância e pela distância que se colocam do nosso povo”, disse.

Apesar das críticas, Casão mencionou dois jogadores atuais que “não perderam a raiz”: os atacantes Richarlison e Paulinho. “Os nossos [jogadores] ficam sentados na tribuna com o [Gianni] Infantino, com o emir, com o xeque, com não sei quem. São quatro ex-jogadores, não estou falando de um ou dois. (…) É muito conflitante o comportamento dos jogadores brasileiros atuais e, agora, os ex-jogadores, que perderam a identificação com o torcedor depois que pararam”, escreveu.

“[Quem ainda tem ligação com o povo] Só o Richarlison. E agora o Paulinho, que voltou ao Brasil, ao Atlético-MG, vindo do Bayer Leverkusen. Esse não perdeu a raiz. Vai fazer um bem danado no Brasil. Não só com a bola no pé, mas falando. Se comportando”.

A declaração do ex-comentarista da Rede Globo repercutiu mal entre os ex-jogadores da seleção de 2002. Em entrevista na Jovem Pan, Vampeta contou que os ex-atletas ficaram revoltados com as falas de Casagrande.

Os bolsonaristas Marcos, Kaká, Felipe Melo e Tiago Leifert atacaram Casão nas redes sociais. Os apoiadores de Jair Bolsonaro fizeram comentários zombando do ex-jogador após o texto. No Twitter, o nome de Casagrande se tornou o assunto mais comentado. A web não deixou barato e decidiu defender o comentarista. A voz do povo é voz de Deus.

Casagrande é maior que todos eles.

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