Turistas que planejam visitar alguns dos destinos mais famosos de São Paulo devem se preparar para uma novidade no bolso. Quatro cidades do estado — Ilhabela, São Sebastião, Campos do Jordão e Aparecida — estão implementando taxas ambientais ou de turismo sustentável para quem ingressar nos municípios. Os valores variam de R$ 5 a R$ 246,79, dependendo do tipo de veículo e do tempo de permanência.
Em Ilhabela, a Taxa de Preservação Ambiental, suspensa desde 2020, foi retomada e terá cobrança eletrônica a partir de dezembro. Carros pagarão R$ 48, motocicletas R$ 10, vans e caminhões R$ 70, micro-ônibus R$ 100 e ônibus R$ 140. A medida foi proposta pelo prefeito Antonio Luiz Colucci (PL) e aprovada pela Câmara de Vereadores.
São Sebastião também deve adotar a cobrança já no próximo ano, após aprovação do projeto que fixa diárias de R$ 20 por carro de passeio, R$ 5,50 para motos, R$ 64,40 para vans e R$ 119,25 para ônibus. A expectativa da prefeitura é arrecadar mais de R$ 50 milhões anuais. A cobrança será feita eletronicamente após permanência mínima de duas horas na cidade.
Campos do Jordão, que recebe cerca de 4,5 milhões de turistas por ano, também prepara sua taxa de preservação ambiental. O projeto de lei complementar 32/2025, em segunda votação, prevê cobranças que variam de R$ 10 para motocicletas a R$ 246,79 para ônibus e caminhões. O dinheiro arrecadado deve financiar gestão de lixo, reflorestamento e recuperação de pontos turísticos.
Aparecida, sede do maior templo católico do país, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, discute a criação da Taxa de Turismo Sustentável. O projeto de lei 48/2025 prevê valores de R$ 5 a R$ 70 por veículo, além da criação de um fundo municipal para administrar os recursos. A proposta ainda aguarda votação na Câmara de Vereadores.
Embora justificadas como forma de custear serviços e compensar o impacto do turismo sobre as cidades, as novas taxas geram debate sobre seus efeitos no fluxo de visitantes. Ubatuba já aplica cobrança semelhante, enquanto Caraguatatuba ainda não tem previsão de adotar medida. O certo é que viajar para o litoral norte paulista ou para a serra vai ficar mais caro a partir de 2025.