Campos Neto negocia com Tarcísio para ser ministro da Fazenda

Atualizado em 12 de junho de 2024 às 14:20
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na Alesp. Foto: Rodrigo Romeo/Alesp

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sinalizou que aceitaria ser ministro da Fazenda de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026. O economista é amigo do governador de São Paulo e tentou desestimular sua candidatura à Presidência, mas indicou que poderia trabalhar com ele em caso de vitória. A informação é da coluna Painel S.A. na Folha de S.Paulo.

Campos Neto afirmou que a economia brasileira pode sofrer deterioração nos próximos anos, o que poderia prejudicar um eventual mandato de Tarcísio após 2026. Ele aconselhou o amigo a tentar se reeleger no governo de São Paulo e se lançar candidato à Presidência posteriormente, como um político “consagrado”.

Mesmo acreditando que Tarcísio não deveria concorrer em 2026, ele se ofereceu para ser seu ministro da Fazenda. A ideia seria divulgar seu nome durante a campanha e repetir o que fez o ex-presidente Jair Bolsonaro, que mirou o empresariado ao anunciar Paulo Guedes como seu guru na Economia.

Atual chefe do BC, Campos Neto terá que passar por seis meses de quarentena após deixar o posto. Foto: Brendan McDermid/Reuters

O economista deixará o comando do BC no fim deste ano e precisará cumprir seis meses de quarentena, mas já tem conversado sobre seu futuro com amigos, políticos e colegas do mercado financeiro. Ele também tem apontado a colegas que estuda montar um negócio no próprio Brasil. A ideia seria criar um fundo em parceria com algum gigante do mercado financeiro dos Estados Unidos.

O atual chefe do BC também tem sido sondado pelos bancos Itaú e BTG Pactual, mas não gosta muito da ideia. Ele não descartaria, no entanto, assumir uma instituição internacional, como ser CEO do banco Santander.

Campos Neto recebeu uma homenagem da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na última segunda (10) e fez acenos a empresários, com um discurso de tom político e em defesa de um Estado mínimo. Ele recebeu a medalha de Honra ao Mérito Legislativo de São Paulo e foi elogiado por Tarcísio, que o avaliou como uma pessoa “fora da curva”.

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