O TRF-1 cassou, por unanimidade, liminar obtida por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, que impedia que ele fosse investigado por manter offshore em paraíso fiscal. O julgamento foi encerrado nesta quarta (7). O nome de Campos Neto apareceu no escândalo Pandora Papers , arquivos que vieram a público sobre milionários que escondem dinheiro em paraísos fiscais.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), autor de um pedido de investigação contra Roberto Campos Neto na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, comentou a decisão da Justiça.
“Campos Neto conseguiu liminar argumentando que não podia ser investigado com base na Lei de Autonomia do Banco Central. Ele tava querendo fugir de uma investigação séria. É um absurdo um presidente do Banco Central ter offshore, ter recursos que estavam escondidos em paraísos fiscais”, diz Lindbergh.
“Pasmem, as informações que foram apresentadas é que essas empresas têm remuneração pela Taxa Selic. Ou seja, Campos Neto pode ter lucrado com a manutenção de juros altos no Brasil. Isso é muito grave!”, completa o parlamentar.
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