
Foto: Igo Estrela/Metrópoles
O canal do Exército Brasileiro no YouTube tornou privados 22 vídeos que antes estavam sem restrição. A mudança foi identificada pelo levantamento da Novelo Data. Os conteúdos ficam ocultados, ou seja, não foram excluídos, mas podem ser assistidos apenas por quem tem o acesso permitido.
O Exército disse em nota que a medida é temporária e busca “evitar eventuais interpretações equivocadas em relação à legislação/jurisprudência eleitoral”.
Dentre os vídeos que foram privados estão cerimônias e solenidades realizadas pela instituição, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), destaques do dia a dia e das atividades realizadas pelos militares, como também títulos que mencionam os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer.
Em outro vídeo, também ocultado, mostra o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, realizando uma visita ao 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, em Brasília, da passagem de comando do Exército do General Leal Pujol para o General Paulo Sérgio (atual ministro da Defesa), além de operações e exercícios da instituição entre os dias 5 e 11 de setembro do ano passado.
Em nota, o Exército afirmou que as publicações “seguem a legislação vigente” e que “embora não existam quaisquer matérias de cunho político-partidário, alguns vídeos foram temporariamente ocultados e serão restabelecidos logo após o período de defeso eleitoral”. Segundo a instituição, a medida “foi meramente preventiva e visou evitar eventuais interpretações equivocadas em relação à legislação/jurisprudência eleitoral”.
A legislação eleitoral proíbe a veiculação de ações, programas, obras e serviços que apresentem caráter politicamente publicitário, nos três meses que antecedem as eleições.