Candidata do Novo que vende bota de luxo para campanha é mulher de dono de empresa flagrada com trabalho escravo. Por Zambarda

A candidata do Partido Novo ao cargo de deputada estadual, Gabriela Camargo, foi tema de uma reportagem do UOL sobre as botinhas da marca Louis Vuitton que ela estaria vendendo para patrocinar sua própria campanha.

O texto omite uma informação importante nesse trecho: “Gabriela garante que não contou com a colaboração do marido. Casada há dez anos com um executivo do mercado financeiro, ela conta que o conheceu quando passava férias em Saint Tropez, no sul da França, com a mãe, o padrasto e a irmã. Prefere omitir a identidade dele, que é muito discreto”.

O “executivo do mercado financeiro” é Marcio Camargo, que casou com ela em 2011, segundo o site Glamurama. Ele é um dos sócios do grupo Restoque de vestuários e acessórios de moda de alto padrão, que existe desde 1982 e tem faturamento acima de R$ 1 bilhão.

O grupo reúne as marcas Dudalina, Le Lis Blanc e Rosa Chá. Das três, uma delas teve um problema sério: de acordo com o site Repórter Brasil, em 2013, peças da Le Lis Blanc foram produzidas com mão de obra escrava segundo uma auditoria da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP).

A fiscalização resgatou 28 pessoas, incluindo uma adolescente de 16 anos.

Talvez seja por esse motivo que a candidata esconda o marido nas entrevistas.