Pablo Marçal, o coach picareta candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, foi condenado em 2010 por integrar uma quadrilha que desviava dinheiro de bancos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Marçal estava diretamente ligado a dois homens que lideravam o grupo, captando e-mails que seriam infectados com programas invasores e consertando os computadores usados pelos criminosos, conforme investigações acessadas pelo site Metrópoles.
No debate da Band realizado nesta quinta, dia 8, ele declarou que deixaria a disputa pela prefeitura paulistana se tivesse havido condenação. A sentença está publicada abaixo. Falta cumprir a promessa.
“Não há condenação. Se houver condenação eu deixo essa disputa imediatamente”
E aí, Mablo Parçal? Vai cumprir a palavra? #DebateNaBand pic.twitter.com/dEK5IciC9L
— Jeff Nascimento (@jnascim) August 9, 2024
Em 2022, Marçal liderou 32 pessoas em uma escalada ao Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, São Paulo, resultando em um resgate necessário pelo Corpo de Bombeiros.
Durante sua campanha a prefeito, veio à tona que Leonardo Alves de Araújo, presidente nacional do PRTB, conhecido como Leonardo Avalanche, mencionou a um correligionário manter vínculos com integrantes da facção criminosa PCC, o que adicionou mais controvérsia ao cenário.
O papel de Marçal na quadrilha ocorreu por volta de 2005, quando ele tinha apenas 18 anos e vivia em Goiânia. A operação que desmantelou o grupo foi a Operação Pegasus, e a quadrilha foi descrita como a “maior quadrilha de piratas da internet brasileira” pela Folha de S.Paulo.
Os investigadores detalharam que a organização causou “prejuízos relevantes” a instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, operando de várias formas, incluindo a criação de sites falsos de bancos e a emissão de mensagens ameaçadoras.
Marçal era responsável por capturar listas de e-mails para o pastor Danilo de Oliveira, um dos líderes do grupo. Apesar de negar participação na quadrilha, suas declarações foram consideradas discrepantes pela polícia.
Apesar de sua condenação anterior, Marçal se apresenta como um dos indivíduos mais ricos do Brasil, vendendo cursos e promovendo discursos religiosos e de motivação.
A respeito das acusações, a advogada de Marçal, Danielle Premoli, defendeu que na época dos fatos ele apenas trabalhava consertando computadores para um pastor e foi indevidamente envolvido no processo.