Candidato da direita na Colômbia se disse admirador de Hitler

Atualizado em 30 de maio de 2022 às 9:34
Candidato da direita na Colômbia se disse admirador de Hitler
Candidato antissistema à Presidência da Colômbia, Rodolfo Hernández fala com a imprensa após reunião com empresários em Bogotá
Foto: Luiza Gonzalez/Reuters

Rodolfo Hernández, um ex-prefeito de 77 anos, empresário rico que promete acabar com a corrupção do sistema político, não tem um programa de governo claro, decidiu não participar dos últimos debates e provocou polêmicas no passado por reconhecer publicamente ser admirador de Adolf Hitler.

Na ocasião, disse publicamente que era um admirador de Adolf Hitler. “Sou seguidor de um grande pensador alemão. Seu nome é Adolf Hitler”, disse ele em 2016, em entrevista à rede de rádio “RCN”.

Anos depois, em 2021, quando já iniciava sua carreira na presidência, Hernández disse que estava errado e que teve um lapso ao citar Hitler, líder do Partido Nazista responsável pelo Holocausto, e que queria citar Albert Einstein.

Ele se autodenomina “Engenheiro Rodolfo Hernández”, como se fosse parte de seu primeiro nome. Muitos o chamam de “Donald Trump” Colombiano. O empresário recebeu 27,9% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais da Colômbia, realizado neste domingo (29). Hernández enfrentará no segundo turno, que acontece no dia 19 de junho, o candidato de esquerda colombiano Gustavo Petro, que ficou em primeiro lugar com 40,4%.

Outras polémicas

Em novembro de 2018, ele agrediu fisicamente um vereador da oposição na frente das câmeras. O então prefeito de Bucaramanga acusou o vereador Jhon Claro de não deixá-lo falar, de ter uma “ditadura”. Ele o chamou de “canalha” e o acusou de estar em conluio com corruptos. Em seguida, Hernández se levantou da cadeira e lhe deu um tapa na cabeça com vários insultos.

Foi um “erro humano provocado”, desculpou-se mais tarde, quando a Procuradoria-Geral da República o obrigou a pagar uma multa de cerca de 95 milhões de pesos. Em outra ocasião chamou o Corpo de Bombeiros oficial de Bucaramanga de “barrigudo”, “gordo e preguiçoso”. Um deles processou o ex-prefeito por 327 milhões de pesos.

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