Candidatos têm estratégia para fazer campanha nas igrejas sem correr risco de cassação

Atualizado em 26 de agosto de 2018 às 13:51

Os candidatos que fazem campanha em igrejas evangélicas que já têm estratégia para evitar a cassação, como aconteceu com os deputados Márcio José Oliveira, do PR de Minas Gerais, e o deputado federal Franklin Roberto Souza, do PP mineiro.

O pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus pediu explicitamente votos para eles.

Essa prática foi considerada pelo TSE abuso do poder econômico — Igreja é isenta de impostos, não pode fazer campanha.

Para fugir da punição, os pastores mais precavidos pedem oração, em vez de voto. O fiel entende. Enaltece as qualidades do candidato, o abençoa na frente de todos e permite que, nas imediações da Igreja, os cabos eleitorais distribuam santinho.

Antes, no culto, o pastor fala que determinado candidato é amigo da igreja, pede que orem por ele contra forças de Satanás, etc.

É uma estratégia e, em geral, ela custa ao candidato, ou na forma de doações (dinheiro vivo mesmo) ou de benesses no poder público, como cargos.

Joaquim de Carvalho
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com