Cappelli sobre imagens do Planalto: “Transformar vítimas em culpadas é fascismo”

Atualizado em 22 de abril de 2023 às 14:30
Ricardo Cappelli
Foto: Reprodução

O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Ricardo Cappelli, usou as redes sociais neste sábado (22) para dizer que após serem divulgadas imagens do ex-ministro Gonçalves Dias circulando entre os terroristas durante invasão no Palácio do Planalto em 8 de janeiro, opositores do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentam resgatar uma prática do fascismo.

Segundo Cappelli, foi o GSI que consultou formalmente o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a liberação de todas as imagens.

“Foi o GSI que consultou formalmente o STF sobre a liberação de todas as imagens, o que faremos a partir de hoje. A tentativa de transformar as vítimas em culpadas é uma prática conhecida do fascismo”, escreveu no Twitter.

A extrema direita tem tentado emplacar a narrativa de que o governo Lula estaria envolvido nos ataques promovidos por bolsonaristas radicais em Brasília, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes.

Na sexta-feira (21), Cappelli afirmou que a divulgação na íntegra dos vídeos do sistema de câmeras do Palácio do Planalto provará que não houve omissão de Gonçalves Dias.

“O general Gonçalves Dias é um servidor com décadas de serviços prestados ao Estado brasileiro. Agora é muito importante que as pessoas vejam as imagens sem os cortes, sem a edição, porque foram feitos cortes com claro intuito de atingir o governo e o general”, disse o ministro interino.

“Com a liberação das imagens vai ficar demonstrado que não há qualquer possibilidade de ilação com relação à conduta do general, que, inclusive, de forma muito honrosa, fez questão de se afastar das suas funções para que não houvesse dúvida sobre a lisura da conduta dele”, completou.

Ontem, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a quebra de sigilo de todas as imagens do circuito interno do Palácio do Planalto gravadas em 8 de janeiro.

A decisão atende a consulta feita pelo GSI sobre a divulgação ou não do conteúdo, para atender a requerimentos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

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