Cármen Lúcia vê gravidade em suposta interferência de Bolsonaro em investigação no MEC

Atualizado em 28 de junho de 2022 às 17:58
Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira (28) que vê “gravidade” na suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações de corrupção no Ministério da Educação.

A ministra mandou para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido do deputado Israel Batista (PSB-DF) para que Bolsonaro seja investigado, já que cabe ao Ministério Público analisar se há indícios para abrir a investigação.

“Considerando os termos do relato apresentado e a gravidade do quadro narrado, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República”, escreveu Cármen em despacho.

A Polícia Federal apura se os pastores investigados teriam intermediado a liberação de recursos do MEC. No último dia 22, o ex-ministro Milton Ribeiro da Educação e os pastores denunciados foram presos. No entanto, um dia depois, foram soltos por decisão da Justiça.

Uma interceptação telefônica feita pela Polícia Federal revelou que Ribeiro disse a sua filha que Bolsonaro havia lhe relatado “pressentimento” de que o ex-ministro poderia ser alvo de busca e apreensão.

“Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?”, disse Ribeiro na ligação. “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê”, completou.

A partir dessa conversa e outras gravações, o Ministério Público pediu autorização da Justiça para apurar se houve interferência de Bolsonaro nas investigações. O caso foi enviado para análise do STF, e a relatora é a ministra Cármen Lúcia.

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