Carro do filho de Noronha, do STJ, foi impedido por barreira de pregos de invadir portaria do Palácio da Alvorada

Atualizado em 11 de julho de 2020 às 20:58
Bolsonaro e João Otávio de Noronha

O presidente do STJ, João Otávio de Noronha, concedeu na quinta (9) prisão domiciliar a Fabrício Queiroz e sua mulher Márcia Aguiar, até então foragida da Justiça.

Devido às “condições pessoais de saúde”, Noronha considerou que o caso de Queiroz se enquadra nas recomendações do Conselho Nacional de Justiça para a pandemia de coronavírus.

Márcia foi premiada com a justificativa de que vai cuidar do ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Essa é a piada.

Noronha é cotado para vaga no STF.

Bolsonaro terá direito a nomear um ministro para a Corte em novembro, quando Celso de Mello se aposenta, e outro em julho de 2021, quando Marco Aurélio Mello pendura a toga.

No final de abril, na posse de André Mendonça no lugar de Moro, Bolsonaro se declarou.

“Eu confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. Me simpatizei com Vossa Excelência”, disse o sujeito para Noronha.

Em 2016, um carro quase invadiu a portaria do Palácio da Alvorada no período da manhã.

Só não avançou mais porque teve os pneus furados ao passar por uma barreira de pregos.

A SUV branca da BMW pertencia a Otávio Henrique Menezes de Noronha, segundo a Época. Ele é filho do presidente do STJ.

Em 2017, o modelo valia mais de 400 mil reais.

Procurado pela revista para falar do episódio, Otávio afirmou o seguinte: “Trata-se de um incidente que não causou nenhum dano, razão pela qual não há o que comentar”.

Então tá.

O carro do filho de Noronha, que quase invadiu portaria do Palácio da Alvorada