
A ausência de Hugo Calderano no WTT Grand Smash Las Vegas foi atribuída ao próprio atleta pelo CEO da World Table Tennis, Steve Dainton. O dirigente afirmou neste domingo (6) que o brasileiro, número 3 do ranking mundial, deveria ter se preparado com antecedência para obter o visto de entrada nos Estados Unidos.
“Ele [Hugo] é um jogador incrível, com resultados recentes que mostram que é um dos melhores do mundo na atualidade. Tê-lo aqui seria importante. Mas temos encorajado os jogadores a se prepararem com meses de antecedência para retirarem seus vistos, e aqueles que o fizeram não tiveram maiores problemas”, disse Dainton.
“Esse é um recado de que ser profissional demanda mais do que apenas performance na mesa. Também significa assumir a responsabilidade fora dela”, completou o dirigente.

Calderano, que tem cidadania portuguesa, ficou impedido de usar o sistema de entrada eletrônica devido à visita a Cuba em 2023 para competições oficiais. A viagem fez com que ele se tornasse inelegível para a isenção de visto, conforme a Lei de Melhoria do Programa de Isenção de Visto, que veta a entrada sem visto de quem esteve em Cuba após 2021.
A assessoria do atleta informou que ele tentou obter um visto emergencial, com apoio da USATT e do Comitê Olímpico dos EUA, mas não havia vagas disponíveis para entrevista consular antes do torneio. Hugo ainda não se pronunciou sobre o episódio.
Mesmo sem Calderano, o Brasil está representado no torneio com Vitor Ishiy (48º do ranking da WTT), Guilherme Teodoro (142º), Leonardo Iizuka (80º), Bruna Takahashi (19ª), Giulia Takahashi (77ª) e Laura Watanabe (114ª) nas disputas de simples, duplas e mistas.